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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ciclo


Daqui a pouco será amanhã e tudo será sonhos, datas, resumos e o amanhã será hoje e tudo será sonhos, datas, resumos ... A esperança é que sempre o amanhã será hoje de alguma maneira, como esperamos ou não, mas será. O hoje sempre um rascunho do presente que esperamos do futuro. Com sorte temos as lembranças e memorias desenhadas com puro açúcar dos rios e sal dos mares, as restauramos com nossos olhos fechados e sorrisos das coisas boas.

Você - By ( Susan Scarpeli)

Quem é que se faz triste em dias que o calor do abraço se faz presente?
Quem não sorri quando se tem um olhar sincero e que pede piedosamente “cuidas de mim”?
Quem não quer um beijo agradável quando os lábios pedem “me beije lentamente”?
Um coração terno que grita “não me deixe”, um amor cuidadoso brada “permaneça aqui”!

Dias a amanhecer, noites a chegar, o meu amor não tem fim...
O meu amor conhece a fúria da solidão, não deseja mais proximidade com esta imensidão do mar negro.
São poucos os seletos para perdurar em meu céu, entre as minhas estrelas, e, o um espírito
rígido e convincente tomou o lugar da lua, que era meu.

- Mas como podes?
Sim, roubou o meu coração! O que mais almejo é descobrir a essência de um amor inacabável;
o segredo do perfume que paira no ar, um olhar que fica a mente fixo e medroso, e não se
cansa de pedir “me leve para casa”.

A minha casa é gigante, tem um lindo jardim composto por rosas, cravos, frésias, lírios,
orquídeas e tulipas dos mais variados tons.
A minha casa é de madeira, bem simples, mas completa...
Dentro, ela traz uma lareira acessa, uma bebida púrpura sobre a mesa, um auto-retrato que
manipula estar observando quem adentra e é desconhecido.
Mas não é possível alguém que é dono do meu ser, ser desconhecido em minha morada.

- Trate de parar de observar! (mas calma! digo isso a mim mesmo? É o meu auto-retrato)
Mudo de idéia derradeiramente.

O quadro agora observa para guardar a memória de uma estonteante face. E eu me pego a
observar essa criatura que vem não sei que lugar, mas que chega a minha casa pedindo asilo,
nada de comida, apenas companhia.

Subo as escadas, deito em meu leito e não tiro a imagem de minha imaginação que trouxe a
tona um passado de emoção... Foi uma doce ilusão, doce ilusão. . .

(Susie - 08h31min - 31/10/2011)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Lucidez

É, proibidos. Naturalmente não sei onde levar meus pensamentos. Ser o alvo bom de coisas ruins, isolado em meio a tudo que sinto. Conhecer a mim mesmo e ter a conclusão que a única vez que me senti evoluída e padronizada, foi quando eu tentava ser feliz com meus desejos e indagações, superando o oposto de minha natureza e por razões me impedindo, envaidecendo minhas lagrimas que me embriagavam a noite com um abstrato sono que por horas demorava a se estabelecer, dançando em meu rosto submergindo em meu interior.
Tinha uma sorte, um salvador, um protetor... Eu tinha tantos agradecimentos e um foco único, desprovido de qualquer incisão inconveniente, eu tinha me livrado de todos meus instintos e agora a realidade se transforma. Erros, isso é tudo que sou capaz? Tentar agradecer é o que fiz, mas hoje eu soltaria um grito cheio de dor que isola minha alma e sobe até o céu.
Eu não quero explicar. Eu não quero que ninguém entenda ou questione. Eu não quero ver o sol, não hoje. Eu não quero que a noite me ouça, não hoje.
E adormecer ao som da lua infinita, olhar para a parede pálida e cheia de resquícios de tudo que eu almejava, é o que transborda em mim, em um declínio repleto de olhares e gestos imperfeitos e omissos, uma penúria julgável. Os sentimentos e uma conduta planejada e esperada por todos. Adormecer aos poucos com minhas justificativas, que em contexto nem as tenho mais.
Serei acordada com um beijo que me tirará de perto de mim mesmo? Salvando-me de minha natureza sórdida, torpe, impetuosa, mesquinha, trágica, maculada, repelente a todos e cheia de pesquisas sucumbidas e atordoadas por desejos? Um desdouro em mim tenro e áspero gesticulando e inflamando uma tendência febril e cheia de argila pastosa e profunda.
Segure-me? Arraste-me? Ajude-me? A ajuda que ninguém pode dissolver... Tenha-me ao teu lado, mesmo eu não sendo merecedor de tal dádiva!? Eu preciso me abster de todos os lodos e solidificar minhas razões dentro do imperdoável vulcão de dores.
Perdoe-me? Segue aqui todas minhas lágrimas, seque-as, enxugue o sangue que por horas saia como uma hemorragia, derretendo todos os pensamentos bons. Restaurar o medo que é minha maior fraqueza, sempre. Segure-me antes que eu caia cheia de palidez.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Obstinando-me

Sei que isso me interroga dia e noite, por vezes, toma um mínimo de espaço em minha mente, mas com uma proporção dolorida uma porção flagelada e até insuportável. Contumaz minha natureza se recusa comparecer em juízo com minha grandiosa expectativa. Mas a obstinação me prende e me prende e me prende por entre os laços do meu revel. E sua revelia executa meus gestos mais briosos que já saíram de minhas mãos. Desarrazoados são meus discursos hoje. E aquele que não faz caso de ordem paira como um raio-X em minha alma de parte que minha mente é a mais afeada que todo o corpo, de parte que minha mente é a mais insurgente servindo de atroz comigo, me qualificando de insustentável e inocente. E eu odioso comigo trato-me com ironias em uma espécie de ensino ao que se já é meu.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Um Sorridonativadente.

Eu só quero resguardar esse sentimento pra vida inteira.

Apreciar os minutos em que seus braços me dão calor.

Apresentar em pensamento o momento eu que éramos eu e você.

Compareça em minha mente, já que não pode estar presente.

Faça aparecer-me um sorriso, mesmo com o dia doloroso.

Prenda-me mais se possível.


Hoje respiro a esperar um momento de encontro;

Fecho os olhos para que as horas passem sem demora;

Encontro-me em um silêncio desesperador...


Não houve aurora, o sol não nasceu.

Não há claridade, o dia se esconde.

A esperança é o anoitecer...

Mas será que as estrelas aparecem?


E este coração? Acalma, receia, zela, ama...

Acalma o desconforto da insegurança;

Receia por ser inanimado;

Zela por seu amor;

E ama admirar a arte do amar.


Lembranças...

Uma dádiva do amor.

Viajar em pensamentos, ir além do horizonte.

Delicadeza em harmonias e formas.

Encantamento de beleza.

Trago em meu peito a mais bela imagem de um amor recíproco.

E o que eu espero? Pelo amanhã.


16/10, 12h18min [S]


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Humanos.

Todos estão em casa, longe de todo o medo, ignorando a tardia noite obscura de ontem, sozinhos brincando com suas paixões, loucos por amores feitos de chocolates e copos de leite azul em um perfeito coro de salivas absurdas, caminhando pela longa ponte do perdão falando de suas experiências ilusórias como tempestades sórdidas que ninguém ouve.

1,2,3...1,2,3,4

Contando ... É como se os momentos partissem sem entender que estou sozinha, sem entender meu estado de solidão. Vamos comprar um barco e ver as pessoas bebendo vinho branco e dançar? Vamos ver pessoas falando sobre suas felicidades derradeiras em uma espécie de Celebração do Imperfeito, e tudo que move-se à volta, um discurso de núpcias frívolos, um saxofone cheio de notas de Jazz enrugado. É em minha piscina de estrelas continentais, onde se instala meu copo cheio de decência, passando pela aurora perdida do tempo de Moises, estrelas navegantes em sorrisos que apontam a constância dolorosa de minha expressão que age em perfeição com seus olhos.

Um mundo com gosto da doce mistura de amor que eu me transmito a mim mesmo. Hoje eu prefiro ouvir “Meu caro Sebastian” do que dançar ao som das batidas do rádio. Justamente “Meu caro Sebastian” venha me mostrar o eco de todas minhas questões e falar sobre o estado frio de minhas mãos. Um cheiro de fumaça vinda do vazio como alvéolo sem mel, indecoroso e sem ritmo para meu paladar, funde-se com a ignomínia e opróbrios de suas teias cheias de nuvens de insetos. E me tiram do ritmo? Mas meus sonhos estão guardados longe de sua música assonante de valores e vazias de qualquer assunto bom. Eu concretizo.

domingo, 16 de outubro de 2011

Frase.

Somos uma fabrica de emoções fúteis, amores fúteis, egoísmo e egocentrismo. Isso dura até o verdadeiro sentimento chegar e te abater como cargueiro que escoa para guerra.

sábado, 8 de outubro de 2011

Abster

Áspera é à noite com tantos sons a minha volta, menos o som de suas cordas vocais, me afligindo o inerte coração que bate sem respirar. O sono foge como ontem, e entro em minha selva de ideias, eu sei que não vou dormir ou presenciar seus conselhos hoje.

[Boa Noite]

O sono sumiu de meu condado interno, ficarei acordada pelo resto de todas as noites quentes, apreciando seu vinho irrisório. Seguindo/respeitando o parâmetro de dias. Obrigada!

Saúde.

Merci.

la santé.

Thanks.

Health.

Um Ponto.

Há dias que tudo está Azul, mas o desconecto aparece e te atinge em cheio com uma direita bem dada. Todas as expectativas satisfatórias estão à porta e não dá-las a qualquer pessoa é lamentável e interessante. Há pedaços para juntar, partículas para montar, satisfações para dar, sentidos a compreender, respostas a se envolver. Pedaços de sombras, sorrisos que não saem, tentativas que se focam em verdades absolutas, porém, subjetivas para se compreender. Uma tentativa que nos toca e fere, uma taça de vinho que se parte por entre mãos, um coração com batidas tortas sem vestígios perdão. É só uma tarde, uma noite, o novo dia se confrontando com toda a realidade com toda a profissão de nossos ferimentos de guerra, cicatrizes polidas e pouco saciadas.

Azul

Uma vista sólida de um campo de sortidas flores-estrela, um dia interrupto e cheio de tonalidades violetas, como um som pesado que se tornasse romântico e breve em satisfação. [Silencio] Talvez eu pense em nãos, nuncas, opostos, talvez, mas o Azul é sempre solista de meus olhos.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Disparidades

“O dia se abre em conformidades e o principal detalhe que vejo é o sol, os pássaros cantam lentamente, e não atingem minhas emoções, nem as xicaras de café, nem o leite gelado, nem o grito que pulsa em meu íntimo, nem o pedaço que arrancou de mim, nem suas tentativas de confrontar minha inspiração. Eu corri a frente de sentir ou parar de mentir, pois não há motivos, sensatez nem melhoras, definitivamente há uma revelia andante e ao redor de minha cama ela pousa , me olha, analisando todas as dificuldades de meus pensamentos e como dois leões achegaram ao anho e o sangraram até a morte, sem piedade ou pedidos de perdão.

Minha respiração se embebeda dessas convicções que estou tendo, que tive por horas, ontem, e fazem sentido hoje? Todos preferem o sol e eu sinto tanta falta da chuva. Minhas mentiras tentam me convencer, tentam provar que estou melhorando, que estou fazendo todos sangrar menos, mas eu me retiro desse sono de assuntos aleatórios, com sorrisos eles sentam em torno de minha cefaleia tórrida para solidificar o lirismo agudo que as sombras fazem de minha presente agonia. Estou sem afeto em uma disparidade a qualquer notícia , com meus pedaços sendo juntados, empilhados, sustentados pela pureza de não saber.