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sábado, 20 de abril de 2013

A facélia que faltava


Meus olhos estavam em você te destruindo e tombando minha boca. 
Certezas ao apontar o dedo para seu coração à procura de mais dor.
Eu me espalhei em seus olhos como as lagrimas que nunca encontrou.  
Mas estamos vivos. 
Estamos em pé, nos olhando do alto. 
As paredes de gelatina sopram canções em meus rins, e eles ainda doem e ardem cheios de pesadelos.
Eu não posso sentir nada, a neve congelou minhas mãos para me salvar da terrível tempestade.
Eu tenho olhos ambíguos,perenes, parecem grandes brinquedos para seu orgulho, não? 
Eu mesmo, sim eu estou sozinha mesmo, e sua sombra me seguindo dentro do meu grande dever de amar. 
Viva, estamos vivos.
Eu posso sentir a dor, eu posso perder a respiração, mas agora sou mais forte que antes. Contudo, é só um choro, como quando as nuvens se dissiparam.
Eu posso sentir o frio, eu posso ultrapassar todas as ondas sonoras e não te achar. 
A cegueira cobriu meu véu cheio de espera.
Vamos encontrar um período mais imponente para discutir, com menos sangue e mais flores.

terça-feira, 9 de abril de 2013

The Letter


Tudo que estava na canção era real, mas eu não esperei o refrão ser compreendido. 
Minha janela virou um grande espelho que refletia somente minhas indagações, sobre quem eu seria daquele momento em diante, sobre a chuva vinda do espaço criada por  meus olhos através da parede. 
O sol está frio e nem chega perto do  vermelho listrado dos meses próximos a outubro.