Páginas

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Disparidades

“O dia se abre em conformidades e o principal detalhe que vejo é o sol, os pássaros cantam lentamente, e não atingem minhas emoções, nem as xicaras de café, nem o leite gelado, nem o grito que pulsa em meu íntimo, nem o pedaço que arrancou de mim, nem suas tentativas de confrontar minha inspiração. Eu corri a frente de sentir ou parar de mentir, pois não há motivos, sensatez nem melhoras, definitivamente há uma revelia andante e ao redor de minha cama ela pousa , me olha, analisando todas as dificuldades de meus pensamentos e como dois leões achegaram ao anho e o sangraram até a morte, sem piedade ou pedidos de perdão.

Minha respiração se embebeda dessas convicções que estou tendo, que tive por horas, ontem, e fazem sentido hoje? Todos preferem o sol e eu sinto tanta falta da chuva. Minhas mentiras tentam me convencer, tentam provar que estou melhorando, que estou fazendo todos sangrar menos, mas eu me retiro desse sono de assuntos aleatórios, com sorrisos eles sentam em torno de minha cefaleia tórrida para solidificar o lirismo agudo que as sombras fazem de minha presente agonia. Estou sem afeto em uma disparidade a qualquer notícia , com meus pedaços sendo juntados, empilhados, sustentados pela pureza de não saber.

Nenhum comentário:

Postar um comentário