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sábado, 31 de julho de 2010

Tulipas nem sempre são tão azuis.

Eu sou poeta e os poetas não abrem mão de sentir, porém o não sentir me segue, sendo assim, quando me desdenha eu sofro, sem saber, eu choro, sem sentir, eu berro, mas mesmo com o cargueiro de lágrimas caindo eu sou poeta e poetas não sabem sorrir, mas eu sorrio quase sempre, mas o sempre não existe em mim. O eterno está sempre aqui, sempre em mim.

Vinho

Vasto ninho de poetas sem livros, ao ver o cintilar da manhã
nasce o sol sem brilho.
Nos faz levantar com nossas botas vermelhas de sangue.
Sangue não derramado ainda.
Soltamos um grito agudo de dor e não pensamos em nada.
Nos vemos poetas de guerra e isso basta.