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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Mon Petit

Seu gosto era tão saudável para minhas lagrimas. Eu ainda me lembro da suavidade das suas mãos. E seu passado era somente minha sombra engolindo todo o resto.
Tão dócil
Tão gentil
Realizando meus desejos e me oferendo feitos insustentáveis a minha fé. E não corra até minhas mãos que elas estão flutuando fora de casa. O tempo se moveu contra meus desejos e sonhos e a lua foi traidora de nossas preces. Você fala com ofensas que só meus ouvidos absorvem. Meus gritos de dor chegam com uma lamentação para Deus, eu me escondo atrás da neblina gelada e cheia de ossos, o vento me cobre a noite quando eu tentei contar as estrelas em uma espécie de esperança em algo que chega hoje. Seremos criminosos de um silêncio mútuo e ser o sacrifício de todos nossos dias de circunstâncias involuntárias é algo que me mata a cada bater do relógio.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Excesso de Dias

Eu ouço todas as explicações, chances e esquecimentos e vou me sentir melhor estando lá fora junto a chuva. Eu corro por volta de meu sitio de concreto, pisando em todas essas folhas tendo alucinações e me debatendo sozinha em minha cama de poeira do tempo, mas vou me sentir mais confortável estando lá fora com a chuva. Um prato cheio de passas é o que colocam a minha vista, o desejo de caminhar até seus medos me transformaram em um soldado cheio de lágrimas. Achei todas as formas de salvação com dor, mas nenhuma me fez chorar tanto como esta. Os textos lidos não traduzem mais o que eu sinto realmente, e eles não podem chorar por mim, ninguém pode. Andar ao meu lado, quem sabe. Eu gritei teu nome por especial, mas parar com meu perdão parecia imparcial. Vamos dormir e deixar que os pesadelos nos peguem, é melhor que tentar parar o oceano e mares de minha vida. Eu não posso sentir minhas pernas, elas ainda doem quando recordo dos ossos que eu mesmo quebrei...

Ninguém, ninguém...

O sal está derretendo tudo que eu comeria hoje e as histórias me confundem, me mantendo em um isolamento de minhas próprias façanhas. Olhar para meus dois olhos brilhantes e não ver meu reflexo. As luzes de neon se expandem pela rua com a neblina e eu não alcanço suas mãos. Há mentiras por todo meu corpo incluindo em minhas retinas. As lágrimas perdem a velocidade e a lentidão de agora machuca minhas partes mais sensíveis. Há uma escassez de pureza e olhares, uma sublime rispidez, uma carência em atos sutis e cheios de eventos imaginários e fora da realidade. Meus versos estão privativos de qualquer palavra sofisticada. O som do silêncio é sempre quebrado por aporrinhações solúveis a minha alma e meu decorrente espirito.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

1080 dias

1080 dias passaram e hoje estou aqui visitando o sol, ele está cinza e dentro de minhas veias é um lugar inabitável, moderadamente furioso comigo mesmo. Há um abismo em minhas próprias ideias, um convés de decepções podres, um cargueiro de ações insolúveis, derretendo, derretendo, derretendo-me. Eu avisto uma clareira, uma bela vista, uma morte, um alvo, seus olhos mudando de cor, seus passos invadindo meus sonhos, suas mãos frias me tirando o sono, suas palavras cheias de efeitos e muitas nuvens que vem para uma batalha cheia de sangue. Os cantos dos meus olhos são labirintos cheios de espinhos, os dias quentes são como flechas que ultrapassam minhas pálpebras, uma ceia onde jantar suas emoções é mais dolorido que qualquer ferida escondida. Há uma cidade de ruinas dentro de mim, em minhas mãos, em meus pés e dentro de minhas sombras, com medo e repudia de minhas próprias indulgências...
Há uma cidade de ruinas.
Há discursos não favoráveis.
Há mistérios piores e fantasmas me enterrando a noite, meu sótão de mediocridades e mentiras é o sumir como poeira ao som de minhas solúveis cantigas de perdões escassos de felicidades. Um tempo não confortável de pensamentos tolos. Tenho frases aleatórias, versículo prostrado de impurezas, fraquezas e volúpias. Uma prece feita para o silêncio de teus olhos.