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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Primórdios

Porque somos tão primários? Porque estamos tão à frente do que é o amor e atrasados com o verdadeiro sentimento, vamos parar e ver o destino. As ondas me jogam na parede de gelo, com toda a fúria maquiada de um beijo insólito e incompleto. Você me mostrou um momento e eu perdi teu olhar em meio a uma de suas discussões. Você me puxa para dentro com seus olhos amarelos. Eu não entendo o tamanho de tantas águas, mas feridas vazias sempre me fizeram bem, não tenho nada para explicar ou expor, só o simples gesto de fixar o olhar nos teus como uma simples definição do que eu sinto, sem que você perceba.

E o que vão dizer disso? O que vão dizer disso? Já disseram tudo, me chamando de “Miss Pain”. E ouvindo sua lira, que derruba para dentro desse oceano mórbido com uma pálida mascara, véu ordinário que só eu tenho satisfação em contar as provas. Como vamos fazer parar essa chuva com tantas lágrimas caindo em meus pés?

Luminosidades batem em meu rosto como a primeira vez que vi a luz como a réstia de todas as flechas que me atingiam, invadindo, admitindo naquele dia que as ondas vieram até minhas mãos, ondas frias demais para olharmos ao fundo, e eu me perguntava por que tantos votos de sorrisos desnecessários?

sábado, 14 de maio de 2011

Realidade

Tão passíveis de se perderem nesse grande oceano de imagens e ideias, inconscientes de seu destino bifurcado entre a companhia do vento ou da vida.É muito mais fácil matar um fantasma do que matar uma realidade.Vejo teu sorriso me prendendo e satisfazendo meu desejo, explodindo com um gosto amargo pelo que me mostrou em suposições, matando-nos sem saber. Não temos testemunhas fieis, mas eu te mostrei meu amor, como uma chance e uma das coisas mais doces que estava aqui dentro. Salvando plenamente teu sorriso dia e noite, satisfações com medidas de sal, era como o nascer do sol numa explosão de chances perdidas, mas suas suposições me pegam sem equilíbrio. Ela padroniza meu ser, mantendo algo constante sobre minha personalidade, dizendo que sou um ser fascinado por coisas não reais. Eu sendo derrotada em uma espécie de "esperança/crença" sem fundamento, inventando minhas próprias teorias do que é o amor e aprendendo que ele não tem tantas formas assim.

Setembro



"Advogo" minhas palavras, como a planta/arvore advoga a sombra do meu dia.Subindo por entre a estrada e chegando até a colina dos pensamentos livres e submissos. Submissos ao ser extra, extra mundo meu.Estar num lugar que não é teu, e ver como era confortável antes. Estar num lugar que não é teu, e ver quanto é confortável às vezes. Tudo acontece em Setembro, os lagos são mais frios e claros, às tardes mais agradáveis e calmas. É em Setembro que as melhores coisas acontecem.

"Bonjour”

Tenho uma tendência, gostar de emoções adoçadas, o vento se curva e minha expectativa se lança longe e ao longe te tenho subjetivamente. Percebo um evento dentro de mim que só faz meu a cada minuto; ele competiu comigo, tentando ser, muitas vezes, parte. Eu perdi a fixação que eu obtive por você há algum tempo, temos uma revelia de ideias, ideias essas que são subjetivas demais.

Contumácia?

Situações?

Rebeldia?

Situação!

Tudo imputado em minha cabeça hoje. Não conheço o meu revel, porém o busco sempre! Abrace-me no infinito e me deixe. E me deixe.

domingo, 8 de maio de 2011

Afinidade artística

Nado até aqui, e não consigo mais voltar. Mergulho na completa subjetividade de meu ser.
Gosto da surpresa, da expectativa, dos olhos nos olhos, das descobertas em comum, das interpretações que a principio parecem absurdas mas depois provam-se plausíveis. Gosto de assistir a reação que as palavras provocam. Dizer, mas sobretudo ouvir, a fala, numa voz que sempre é doce, qualquer que seja o timbre, feliz da vida, por estar em companhia dela. Assistir a expressão facial que a ironia provoca. Ao breve desencanto, toma lugar uma possibilidade digna, diferente de tudo, incerta, ainda, de sua conclusão, mas certa de seu "atractivo, fascinación, hechizo, magia, embrujo, maravilla, hermosura, belleza, lindeza, preciosidad, coquetería, exquisitez, delícia. " que justificam por si só sua existência, consciente do fluxo ao qual se une.
Palavras orgulha-se de sua autonomia, composto pelo compartilhar de emoções não explícitas, que moram entre as ondas de um oceano que definitivamente não é pequeno.

(Felipe)


- O meu fascínio por palavras me leva a um encontro tão cheio de frescor, e bebemos disso com excessiva severidade. Somos amantes do som das palavras e com elas construímos castelos de encantamentos, onde cada linha que tecemos se tornam veias cheias de sangue da vida, como isso se faz tão fácil que chega ser leviano dizer. E penso, para que privar do que nos reveste da força? Mas sim, vamos despojar de tudo isso, com o prazer que sinto em despir nossa pura e fatídica capacidade de tornar palavras belas linhas de fios dourados.

terça-feira, 3 de maio de 2011

"É tudo tão pertinente, apropriado em demasia, mas eu me calo por segundos e sua fala invade meus sentidos como ouvir as ondas marítimas ao longe, tão sólidas,tão passíveis de se perderem neste grande oceano de imagens e ideias, inconscientes de seu destino bifurcado entre a companhia do vento ou da vida" (por Felipe)