Quem é que se faz triste em dias que o calor do abraço se faz presente?
Quem não sorri quando se tem um olhar sincero e que pede piedosamente “cuidas de mim”?
Quem não quer um beijo agradável quando os lábios pedem “me beije lentamente”?
Um coração terno que grita “não me deixe”, um amor cuidadoso brada “permaneça aqui”!
Dias a amanhecer, noites a chegar, o meu amor não tem fim...
O meu amor conhece a fúria da solidão, não deseja mais proximidade com esta imensidão do mar negro.
São poucos os seletos para perdurar em meu céu, entre as minhas estrelas, e, o um espírito
rígido e convincente tomou o lugar da lua, que era meu.
- Mas como podes?
Sim, roubou o meu coração! O que mais almejo é descobrir a essência de um amor inacabável;
o segredo do perfume que paira no ar, um olhar que fica a mente fixo e medroso, e não se
cansa de pedir “me leve para casa”.
A minha casa é gigante, tem um lindo jardim composto por rosas, cravos, frésias, lírios,
orquídeas e tulipas dos mais variados tons.
A minha casa é de madeira, bem simples, mas completa...
Dentro, ela traz uma lareira acessa, uma bebida púrpura sobre a mesa, um auto-retrato que
manipula estar observando quem adentra e é desconhecido.
Mas não é possível alguém que é dono do meu ser, ser desconhecido em minha morada.
- Trate de parar de observar! (mas calma! digo isso a mim mesmo? É o meu auto-retrato)
Mudo de idéia derradeiramente.
O quadro agora observa para guardar a memória de uma estonteante face. E eu me pego a
observar essa criatura que vem não sei que lugar, mas que chega a minha casa pedindo asilo,
nada de comida, apenas companhia.
Subo as escadas, deito em meu leito e não tiro a imagem de minha imaginação que trouxe a
tona um passado de emoção... Foi uma doce ilusão, doce ilusão. . .
(Susie - 08h31min - 31/10/2011)
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