1080 dias passaram e hoje estou aqui visitando o sol, ele está cinza e dentro de minhas veias é um lugar inabitável, moderadamente furioso comigo mesmo. Há um abismo em minhas próprias ideias, um convés de decepções podres, um cargueiro de ações insolúveis, derretendo, derretendo, derretendo-me. Eu avisto uma clareira, uma bela vista, uma morte, um alvo, seus olhos mudando de cor, seus passos invadindo meus sonhos, suas mãos frias me tirando o sono, suas palavras cheias de efeitos e muitas nuvens que vem para uma batalha cheia de sangue. Os cantos dos meus olhos são labirintos cheios de espinhos, os dias quentes são como flechas que ultrapassam minhas pálpebras, uma ceia onde jantar suas emoções é mais dolorido que qualquer ferida escondida. Há uma cidade de ruinas dentro de mim, em minhas mãos, em meus pés e dentro de minhas sombras, com medo e repudia de minhas próprias indulgências...
Há uma cidade de ruinas.
Há discursos não favoráveis.
Há mistérios piores e fantasmas me enterrando a noite, meu sótão de mediocridades e mentiras é o sumir como poeira ao som de minhas solúveis cantigas de perdões escassos de felicidades. Um tempo não confortável de pensamentos tolos. Tenho frases aleatórias, versículo prostrado de impurezas, fraquezas e volúpias. Uma prece feita para o silêncio de teus olhos.
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