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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

É.

É notório o que me prende.
É devastador o que me arrasta para fora. Neste impulso louco e sorridente.
É abusivo de carinho as coletas de suspiros. Silencioso como Sempre.
É impróprio o que carrega nos olhares. E me prende, prende.
É exclusivo demais para ser jogado e há tanta luz e chuva.
E se arrasta, e se levanta, e se inala, e se machuca, e se abusa nesta dança.
É a dança incerta de vapor.
A clareza canta na agonia da esperança e muda-se do É para o E, para  os Ais e para o Ah!

É a dança incerta de vapor, da dor  ....

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